sábado, 19 de julho de 2014

Uma nova visão do funk

Eu sempre digo que gosto mesmo é de rock. De Beatles a Strokes, passando por Kiss, Offspring e Rolling Stones, esse som me faz muito bem. Mas eu adoro MPB, amo um samba de raiz e sou curiosa.

Nunca gostei de funk. Só de uns antigos, com coreografias engraçadas. Mas andava intrigada com ele, o funk... Aqui, do alto de um nariz empinado, pseudo-intelectual e branco, eu não entendia porque aquelas letras que eu considerava feias, polêmicas e cantadas sem muita afinação estavam ganhando o país. De norte a sul. Em todas as classes sociais.

Já faz algumas semanas que achei uma rádio que toca muito funk aqui em Porto Alegre. Naquele estilo que eu estranho um pouco, parece meio gritado, indignado. E sincero.

Pois é, sincero. Tem luta de classes (com porrada no meio, mas tem). Tem insegurança (tratada como "faço o que você quiser na cama), mas é a famosa insegurança feminina com a aparência (isso ainda vai virar post). Tem tristeza, tem tesão. E tesão sim, esse que eu e você sentimos mas que disfarçamos com charminhos e discrições aristocráticas. No funk ele tá descarado. Honesto. Sincero.

Pois então. Eu já tava começando a entender melhor esse tal de funk. Porque ele é grande, é forte, eu não poderia ficar imune a ele. Foi aí que uma amiga postou essa reportagem e eu entendi. Não só a beleza, mas o papel social do funk. E foi um fotógrafo francês que, com esse mesmo sentimento de curiosidade, clicou o funk carioca, de 2005 a 2014.  Esse trecho: "O cúmulo do absurdo é você ir em uma boate de Ipanema ou Copacabana e tocar o som dos funks. Na favela, onde tudo nasceu, a juventude vive em silêncio total e precarização econômica – um verdadeiro apartheid cultural." me ganhou. Não sabia que até isso andava sendo controlado. Veja, na reportagem, como as UPPs são controladoras.

Vejam mais fotos (e que fotos lindas) no site oficial do fotógrafo.

Acho que é assim que se quebra um preconceito: conhecendo e entendendo. Eu sigo sem gostar de funk. Mas respeito. Visualizo melhor o papel social desse estilo. E devo admitir que gosto do choque (que eu ainda levo) ao ouvir certas letras. 


sexta-feira, 18 de julho de 2014

Ela radicalizou. E não comprou nada.

Era pra ser "quase" polêmica. Vai que o título do blog me controlasse... mas ele já nasce um tanto quanto polêmico. Gente, ela não comprou nada.

CALMA. Leiam até o fim. Ela não prega nada não... e curte o conforto do capitalismo e etc.... ela só pensa: e se.. e se precisarmos rever tudo? E se a natureza enlouquecer? Ou nós mesmo, e piorarmos os conflitos existente. E SE..? Aí, ela foi lá e fez o teste. Cliquem aqui para ler.